terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sai o círculo, entra a seta


E lá estava eu na praia, nesta nova fase "eu-quero-ser-feliz-sozinha-e-tudo-bem", sentada na areia depois de uma caminhada de biquíni (algo distante num passado próximo).


E eis que, com um gravetinho, começo a desenhar. E o primeiro desenho que vem? O de um círculo. Nada mais sintomático, mais simbólico: até agora, parece que isso que venho fazendo, andando em círculos.


Chega, diz a voz da moça "eu-quer0-ser-feliz-seja-como-for". Nada mais de círculos. Eu quero ir além. E com o mesmo graveto eis que surge outro desenho. O de uma seta, pra cima, e virada para o mar.

sábado, 27 de novembro de 2010

Expectativa


Ela pode nos jogar pra frente, fazer com que corramos atrás do que queremos. Pode nos fazer sonhar, ultrapassar a realidade, fechar os olhos e ir longe sem sair do lugar.


Ela pode nos prender, congelar nossos movimentos, fazer com que não saiamos do lugar. Sua existência nos leva a crer que algo (bom, na maioria das vezes) virá, e isso nos é suficiente.


Ela pode nos fazer tremer, sem que faça frio lá fora. Sacode estruturas que nem sabíamos que tínhamos, tira o sono, suspende sonhos, seca a boca, deixa corpo e alma instáveis.


Prazer (ou não), senhora expectativa.

A vida é escola


"O amor não se sustenta sem a intenção de amar e sem a ação pequena, mas constante, de alegrar o outro com sua presença. Acredito que o amor é uma grandeza que não se sustenta com o tempo. Ou aumenta ou diminui. Qual é, afinal, sua intenção?"

Retirado do site da Revista Vida Simples - Texto: "O amor é racional?", de Eugenio Mussak

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sozinha sim. E feliz


Tive um relacionamento loooonngoooo. Assim mesmo, cheio de oooos, porque durou mais de 15 anos. E como doeu quando acabou, minha gente! Um amigo, assistindo à minha dor, me falou uma coisa que na hora não consegui processar: "Aproveite, Lu, pra fazer neste momento aquilo com que sempre sonhou. Viaje, namore, gaste sua grana como quiser, saia com amigos. Existe um lado positivo..." Mas eu só pensava na minha dor e não em aproveitar a vida.

Muita água passou debaixo da ponte desde então. Ainda sofri muito muito muito (assim mesmo, cheio de muito) depois disso. Mas agora acho que consigo ver aquilo que meu amigo (com quem nem tenho mais contato, uma pena!) quis me dizer. Não estou mais casada, como sempre quis, mas entendo que a vida nem sempre é como a gente quer. Então só nos resta viver a vida que a gente tem. Lutar contra ela é uma dor inútil. Claro, a solidão bate, a vontade de compartilhar com alguém legal também, mas a vida segue. E como segue.

Um texto da Revista Claudia traz uma ideia legal sobre isso tudo. É sobre felicidade. E vida de solteiro é um dos itens. Reproduzo, mas repito: é da Revista Claudia, gente, mais especificamente da repórter Déborah de Paula Souza! E o site pra conferir na íntegra é o http://www.claudia.com.br/.

"Sozinha e descolada
Anda sem namorado ou sem marido? A vida é assim, e gerações de mulheres antes de nós lutaram para que as relações insatisfatórias pudessem se dissolver, abrindo novas chances para a felicidade. Portanto, depois que uma separação teve o tempo necessário para ser metabolizada, não há por que encarar a solidão como inimiga. Pelo contrário. “Essa é a hora certa para experimentar a alegria da liberdade: viajar, paquerar, conhecer pessoas, fazer cursos”, garante Lana Harari, terapeuta de casal e família, de São Paulo. Essa disposição para o voo-solo cresce à medida que você se vai se entregando a alguns prazeres, como o de passar na livraria e emendar um cinema; perder (ou ganhar?) horas cuidando do jardim ou atracada com seu autor predileto. E, quando um novo pretendente surgir ou os amigos telefonarem, já imaginou quanta coisa interessante você terá para dividir com eles?"

Bjs, bjs

Lu

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Perguntas que não querem calar


1) O que será melhor: a consciência tranquila de ter feito o que achava certo ou o arrependimento de não ter tentado?


2) Vale querer adivinhar o que se passa na cabeça do outro?


3) Desconfiar é proteção ou medo?


4) É possível alguém se converter?


5) É possível a gente se converter?


6) Existe essa história de alma gêmea?


7) Serão os deuses astronautas?


8) Será o benedito?


9) Será que eu sou maluca?


10) Será que eu tenho jeito?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Emoção, catarse, revolução no coração. Isso é Paul McCartney!


A cada música que começava, eu só conseguia dizer: "Meu Deus!", "Minha Nossa Senhora!".
O coração estava numa montanha-russa; os sentimentos, num liquificador... Realmente é o show de uma vida, um verdadeiro concerto de rock.
Detalhe: vi Paul entrando no estádio, a poucos metros de mim, com metade do corpo do lado de fora do carro, um sorrisão aberto e mãos pra cima, como quem não tem noção do gênio e do ídolo que é. Ele é de verdade, por mais incrível que isso possa parecer!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cenas das férias











Na ordem: Lagoa do Paraíso (CE), Alcântara (MA), Barreirinhas (MA), Jericoacoara (CE) e Lençóis Maranhenses (MA)




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Gentileza


"Onde houver gentileza haverá sempre um gesto que surpreenda. O amor se esconde nas coisas pequenas; e a amizade, nas atitudes que se refletem maiores que a presença." Patty Vicensotti

O dia e a noite me trouxeram, ontem, dois belos exemplos de pessoas que trazem em suas almas uma das virtudes que mais admiro: a gentileza. São pessoas com vidas tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidas em sua delicadeza de ser, algo realmente digno de admiração.

Eu chegava ao trabalho quando encontrei seu Raimundo (como ele é conhecido). Morador de um bairro simples da minha cidade, é um idealista que descruza os braços e faz acontecer. Recentemente, pintou nas escadarias do morro onde mora com palavras e frases do tipo "Bom dia", "Obrigado"... E a partir daí, da escadaria da gentileza, viu a mudança acontecer. Passou a ser recebido com cumprimentos, sorrisos. Ouviu de algumas pessoas que outras pessoas estavam fazendo questão de falar a primeira palavra gentil ao encontrá-las e que a atitude se multiplicava pelo ambiente, feito dente-de-leão, aquela flor frágil que a um sopro voa longe e leva beleza pra nascer em outro lugar...

O ideal de seu Raimundo foi muito além do campo das ideias. A "teoria" do profeta* realmente se comprovava para ele: Gentileza gera gentileza. Ao encontrá-lo descendo as escadas, cumprimentei-o e recebi em troca um sorriso. Só depois me apresentei - já havíamos nos falado pelo telefone, mas ele não me conhecia pessoalmente. Parabenizei-o sobre a iniciativa da escadaria, falamos sobre o quanto é importante fazer acontecer e não esperar apenas pelo gesto dos outros. E ele deu mais demonstrações de gentileza em suas palavras, pra variar. Não resisti e disse: "Seu Raimundo, já valeu o dia ter encontrado o senhor". Era verdade.

Já passava da hora de eu ir embora, à noite, quando recebi um telefonema da recepção do meu trabalho. "Lu, chegou uma encomenda pra você, mas preciso entregar em mãos", afirmou a colega do outro lado da linha. "Ok, tô descendo", avisei. Em um minuto, estava lá. No caminho, imaginei o que poderia ser. Confesso que até pensei em coisas não tão legais. Mas era legal sim. Seu Raimundo ficaria orgulhoso!

A amiga Lá (Laély, do Sala da La) deixou pra mim umas delícias de pãezinhos que, pelo que conheço, devem ter sido feitos por ela. E Lá nem deveria saber que eu havia feito a última refeição havia muiiiitas horas. Mas o importante mesmo é que ela não alimentou meu corpitcho apenas. O gesto de Lá nutriu, assim como fez seu Raimundo, as minhas esperanças em um mundo em que as pessoas não pensam apenas nelas. Elas pensam no outro, em uma sociedade melhor, mais digna, mais humana.

Infelizmente, não vi Lá pessoalmente ontem (ela apenas deixou um bilhete "fo-fo" junto do pacotinho tão lindinho com os pães). Mas sei que ela sabe que, assim como diz a frase que abre este post, a gentileza traz em seu essência o gesto que surpreende e a amizade está nas atitudes que se refletem maiores que a presença.

Beijos a todas,
Lu
* José Datrino (1917 - 1996), o Profeta Gentileza, viveu boa parte da vida no Rio de Janeiro, onde deixou em pilastras de um viaduto inscrições características. Sua frase mais famosa é "Gentileza gera gentileza".

domingo, 7 de novembro de 2010

A cereja do bolo: Comer, rezar, amar


E eis que meus 30 e poucos dias de férias acabaram (ou acabarão dentro de 30 minutos... rs). Mas fechei com chave de ouro cravejada de diamantes: assisti ao filme "Comer, rezar, amar" nesta noite chuvosa de domingo.

Quando vi que o filme só é exibido em horários em que estarei no trabalho, eu corri, minha gente. Coisa de uma hora antes de começar a sessão lá vai eu, em plena noite de domingo de chegada de Papai Noel ao shopping - e repito, com chuva - para o cinema. Supervaleu a pena!

O filme me tocou, moveu muito. Ri, chorei, me emocionei... Vi refletida na tela muito da minha história (leiam-se momentos, estilo, escolhas, divórcio, fé). "Ouvi" mais uma vez que preciso abrir espaço na minha mente pra novas coisas que vão chegar. Saí de férias com esse espírito e confesso que fechava o período de descanso muito longe dessa vibe.
Com o filme, voltou o mantra: preciso (me) perdoar, (me) amar, (me) deixar amar. Esse parece ser o caminho para ficar mais perto do final da história da escritora Elizabeth Gilbert.

Grande beijo. Tudo de bom nesta semana que começa.

Lu

PS.: Já falei que amo amo amo Julia Roberts?

Eu volteiii...


Ei, gente! Tudo bem?? Quanto tempo!! rs

Depois de 30 e poucos dias de folga - e de férias até da internet -, volto à lida amanhã. Foi tudo muito bom, tudo muito bem, com direito a viagem, muito convívio em família, muitos seriados e passeios no horário em que normalmente estou no trabalho. Enfim, uma delícia só!

Deixo aqui o meu beijão a todas vocês! Vou visitá-las em seus respectivos blogs pra me atualizar, saber das novidades e tal. Ah! E fica também uma foto de um dos lugares maravilhosos que visitei, a Lagoa do Paraíso, perto de Jericoacoara, no Ceará.

Beijos, beijos, beijos

Lu