quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A gente se esquece


Eu detesto me meter na vida dos outros. Sério. Sério mesmo! Mas hoje tive muita vontade. Ao lado da minha mesa, na praça de alimentação do shopping, uma mãe impedia o filho, de uns 6 anos, de brincar com o brinquedinho que vem no Mc Lanche Feliz. Ele queria abrir o saquinho de plástico, e a mãe dizia: "Só quando chegar em casa. Coma o lanche. Brincar, só depois, em casa". E o garotinho com aquela embalagem na mão, namorando aquilo, dedinhos tremulando... Afinal, ele não havia escolhido aquele tipo de lanche à toa...


Meu Deus do céu!! Caramba!!! Essa mulher nunca foi criança não? Esqueceu como é delicioso ter um brinquedo novo, ainda que seja de plástico e pequeno, e não um presentão de Natal? Custava deixar? Iria mudar o mundo daquele menino? Ele já estava num fast-food mesmo, preocupação com a saúde é que não era...


Sinceramente, não tenho filho e acho que não vou ter, mas pensei que talvez por isso não nasci pra ser mãe. Eu mesma brincaria com ele naquele momento, entre uma batata e outra. Enfim, meu lanche desceu empurrado, depois de ver de perto aquilo.


Será que a gente esquece que já foi criança? Será que o pai/a mãe esquece que já foi filho? Será que o chefe esquece que já foi subordinado? Será que o político esquece que já foi apenas eleitor? Será que a gente esquece de se colocar no lugar do outro? Reflitamos...

Um comentário:

  1. É verdade, amiga, parece que há pessoas com memória muito curta.
    E é como tu dizes, tratando-se de um restaurante de fast food desse género, preocupação com a saúde não era...enfim, também não consigo perceber.
    E não é por pensar assim que não nasceste para ser mãe, nasceste sim, eu acredito nisso =).

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