domingo, 8 de agosto de 2010

Amor de todos os dias


Ainda bem pequena, eu pedia a Deus para que nunca me tirasse de perto esse amor. Era puro demais, verdadeiro demais, bom demais... Nenhum se comparava (e compara ou comparará) ao desse homem, que sempre quis ter a mim em sua vida. Que sabia que um dia eu iria chegar. Que tinha certeza de quem eu seria, e como eu seria. E me ajudou a me tornar o que sou hoje.

Parecia que nós sabíamos que aquele amor todo não estaria presente (ao vivo e em cores) durante muito tempo. E aproveitamos cada segundo, com risos, brincadeiras, músicas, segredos e piadas só nossas...

Eram alegrias da manhã à noite. Mas de madrugada a diversão era ainda maior pra nós, dois notívagos. E além da TV (fora os filmes "de medo") só a lua era a nossa testemunha.

Ele se foi (Deus quis assim). E eu sofri muito. Durante muito tempo, encontrava-o ainda nos meus sonhos. E era tão real e bom que a manhã seguinte começava diferente.

Hoje, 19 anos depois, levo comigo um amor tão grande pelo meu pai que descubro que tempo algum pode apagar um sentimento desses. A presença dele pra mim é real. Sei que está comigo. Já não sonho tanto com ele como antes, mas nem precisa. Pensando bem, esqueça aquela parte do "ao vivo e em cores". Um amor como o que existe entre mim e o meu pai não poderia ter mais vida e estar mais colorido que agora.

Te amo, pai. Todos os dias. Pra sempre.

Lu

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